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ZONA NORTE SE ARTICULA PARA A DEFESA DOS DIREITOS DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA

No dia 16/01/2024 ocorreu reunião presencial com instituições que prestam serviços a pessoas com deficiência na Zona Norte realizado pela Rede Inclui + Osasco com a parceria da AAMEEP que cedeu as suas dependências para a realização do encontro.

A ação, planejada a partir de necessidades levantadas em encontros anteriores da Rede Inclui + Osasco, foi realizada por meio da técnica “processo circular” que acolhe e garante a palavra como direito de todos.

Iniciou-se o trabalho com a apresentação de cada participante e depois foram divididos em três grupos, cada um com uma facilitadora para conduzir o processo circular realizando perguntas acerca dos equipamentos sociais, questionando-se quais são, quais os pontos positivos, quais os pontos negativos e quais as projeções para o futuro em termos de melhoria.

Um dos grupos, conduzido pela facilitadora Micaella, se autodenominou “Escudeiros” e teve o participante Samuel como interlocutor que apresentou os resultados da construção a todos.

Como aspectos positivos apresentou que na ZN há existência de muitas ONGs e postos de saúde. Foram inaugurados dois novos Conselhos Tutelares, escolas e creche que atende mais de 1000 crianças. Conta com a Fábrica de Cultura, o Centro de Reabilitação, a Associação de Assistência à Criança com Deficiência, o Pronto Socorro Bonança, Parques e a colaboração de líderes comunitários e o trabalho em rede e apoio dessas instituições.

Como pontos negativos foram elencados: a inacessibilidade por meio do transporte para idosos e pessoas com deficência, atendimento deficitário de especialistas (neurologistas e psiquiatras) haja vista que a demanda é muito maior do que se disponibiliza de atendimento, dificuldade de inclusão de pessoas com deficiência nas escolas, falta de atendimento ao público pessoas com deficiência, reduzido número de profissionais capacitados para atendimento de pessoas com deficiência, excesso burocracia para acesso e liberação de benefícios a pessoas com deficiência.

Quanto às ações futuras o grupo almeja o fortalecimento e continuidade do diálogo, maior interação entre as instituições e realização de ações conjuntas.

Um outro grupo conduzido por Mayra se autodenominou “Conectados”, tendo Priscila como interlocutora que apresentou os resultados a todos.

Como aspectos positivos ressaltou a força da comunidade, inauguração do Centro Dia, existência de creches e Emeis (aproximadamente 30), a existência de capacitação de profissionais nas escolas e práticas colaborativas, parcerias para o atendimento a pessoas com deficiência. Como pontos negativos, a acessibilidade e mobilidade nos transportes, poucos veículos para transporte de pessoas com deficiência, ausência de investimento em políticas públicas para pessoas com deficiência, falta de vagas para serviços especializados e pouca oferta dos mesmos a pessoas com deficência, ausência de serviço de atendimento domiciliar, de carros adaptados, bem como de tratamento multidisciplinar (hidroterapia, fisioterapia, entre outros).

Quanto às ações futuras o grupo almeja parcerias em Rede, criação de aplicativo de serviços para pessoas com deficência, ampliação dos serviços já existentes e implementação da Delegacia especializada em pessoas com deficiência. 

No grupo conduzido por Valéria, o mesmo se autodenominou como “Rede Humanizada”, tendo Luís por interlocutor que apresentou os resultados a todos.

Como pontos positivos foi ressaltada a articulação em rede dos equipamentos sociais a seguir por via de encaminhamentos: UBS Rochdale, Fábrica de Cultura, CRAS Rochdale, CREAS Norte, Colégio Júlia Lopes, Comunidade Impacto, AMME, Lar Jesus, Policínica ZN, Uniban, Uninove, Diretoria de Ensino e SEPcD.

Como pontos negativos foram apontados a falta de feedback dos encaminhamentos, as ações do Conselho Tutelar que apresenta soluções radicais, com total falta de visão contextualizada da família. O transporte, os pontos de ônibus em relação a ausência de uma logística mais justa e falta de diálogo. Quanto às famílias, destacou-se a falta de conhecimento e humanização, bem como apoio a pessoas com deficiência. A alta demanda em relação aos poucos equipamentos, recursos e falta de preparo humanizado na prestação de serviços. Déficit quanto a assistência à saúde mental, alta burocracia em razão das constantes exigências de laudos para comprovação das deficiências já existentes.

Quanto às ações futuras vislumbra-se a necessidade de ampliação dos equipamentos e recursos, a qualificação e humanização nos serviços e atendimentos, na educação promover conhecimentos e humanização entre as famílias, escolas e comunidade ao entorno, e, fortalecer a rede e seus feedbacks.

Todos saíram animados e com desejos de continuar o trabalho.

Estiveram presentes representantes da AMMEP, Comunidade Impacto, CREAS Norte, OAB, Escola Estadual Julia Lopes, SEPcD, CRAS Rochdale, CRAS Bonança, CRAS Munhoz, CRAS Piratininga e uma família com a presença de duas pessoas com deficiência de maneira que objetivou-se identificar os equipamentos sociais que servem a ZN, quais os pontos positivos, quais pontos negativos e quais sugestões para melhorias futuras. A equipe presente do projeto Rede Inclui + Osasco foram as facilitadoras Valéria Jabur Maluf Mavuchian, Mayra Jacchieri  e Micaella dos Santos Farias.

Como próximos passos organizar-se toda esta produção em formato de um plano de ação para validar e incentivar a sua implementação.

O projeto Rede Inclui + Osasco prevê iniciar em fevereiro processo similar na ZONA SUL e depois gerar encontros de toda a rede para fomentar soluções.

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